As relações construtivas e as possibilidades do sujeito: Um pequeno recorte sobre trocas
No âmago de nossa miríade de possibilidades, somos os agentes básicos para que tudo ocorra de forma sistemática para nossa experiência como seres que ocupam os espaços relacionais. Contudo, durante toda nossa jornada precisamos nos conectar com diversas identidades, formas, signos e instrumentos. Nossas atividades, mediadas por um sujeito que é a parte principal dessa engrenagem chamada vida, necessita de combustível para continuar em funcionamento durante todo o trajeto nesse lócus. Entender que a pluralidade do sujeito é a sua essência em um conceito mais simples, possibilita a construção da nossa identidade de forma gradual. Assim, estando conectado a grandes movimentos que incentivem o desdobramento de nossa existência é o fator chave para que tudo aconteça.
Um grande exemplo que podemos citar, é o paradigma do sujeito plural, que ao buscar se conectar com as mais diversas culturas, passa a conhecer os elementos para diversificar sua construção. Dessa forma, não ocorre a exclusão a uma parte intrínseca do ser humano, mas sim a possibilidade de experienciar novas interações para que sua vida seja repleta de grandes trocas. O desempenho das atividades culturais, possuem grande força nesse sentido, visto que ao conectar-se com outras pessoas, o sujeito leva uma fração daquela troca para sua vida, iniciando um processo de formação baseado na soma de todo o material adquirido durante as suas interações sociais.
Visto isso, em uma perspectiva mais seriada, a família como a primeira interação do sujeito com a sociedade, deve possibilitar essa reflexão, fomentando dentro de seus diversos núcleos que todas as pessoas, encontrem a forma adequada para se conectar aos seus semelhantes, promovendo o respeito, o interesse e o entendimento. Como parte adicional, a escola deve continuar sendo o arcabouço do conhecimento em seu nível mais elevado, possibilitando ao sujeito uma conexão com as áreas de interesse e promovendo trocas com diversas outras interações sociais. Além disso, se faz de grande importância o acesso do sujeito às diversas formas de cultura disponíveis, pois ao entender sobre o processo criativo e o valor de cada sujeito no mundo, as identificações projetivas serão corretamente direcionadas para áreas de desenvolvimento e cercarão a pessoa de toda a informação necessária para praticar eticamente suas atitudes e comportamentos frente ao paradoxo da vida em sociedade.
Entender sobre as possibilidades multiculturais, transforma o sujeito em detentor de suas maiores oportunidades, levando progressivamente a uma conexão muito mais valorosa e baseada em situações empíricas, onde o sujeito poderá conhecer a vasta gama de povos, costumes, conceitos e diversidade, de forma que utilize esses instrumentos como oportunidade para a representação de suas interações ao longo da vida. O saldo frente a esse comportamento positivo às relações construtivas, sintetiza a grande motivação do sujeito para uma vida mais saudável e também acolhedora. Afinal, se eu tenho a possibilidade de me multiplicar, por que irei me subtrair? Jamais esqueçamos que para atingir a compreensão do processo de existir, é necessário adotarmos uma postura positiva frente as infinitas formas de nos tornarmos seres que buscam conexões válidas e substanciais.
Autor: Vinicius de Souza
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